sábado, 2 de janeiro de 2010

John Hughes e o cinema adolescentes na década de 80


Quando pensamos no cinema da década de 80, certamente um dos filmes do cineasta John Hughes desperta em nossa memória. Algo esperado se lembrarmos que ele foi o principal produtor de filmes voltados ao público adolescentes nesta década. O que parece comum hoje em dia nos filmes adolescente: ambiente escolar,os estereótipos adolescentes, a busca por autonomia e tentativas de atrair o sexo oposto. Fazem parte do modelo criado e popularizado em seus filmes.

Os protagonistas de suas obras eram sempre adolescentes,propositalmente estereotipados, desapegados das ideologias das gerações passadas e dispostos a lutar pelos seus próprios interesses. Já os adultos eram sempre representados de forma antagônica aos jovens e incapazes de compreende-los, com exceção de “Lisa” em “mulher nota 1000” que é a mulher idealizada, portanto não real.

A representação precisa dos adolescentes e o uso de estereótipos facilitava a projeção de seu público alvo que facilmente se identificava com seus protagonistas (a identificação facilita a aceitação e sucesso do filme), tendo em seus astros a realização de seus desejos: Como o sonho de todo jovem em ser como Ferrris Buller (em "Curtindo a vida adoidado"), dono de sua própria vida e a celebridade da escola (seu mundo social) e nas garotas a oportunidade de ter um dia perfeito, conquistando seu príncipe encantado (que não vinha mais a cavalo, mais dirigia carros importados) o roubando da rainha da escola (a menina mais invejada) em "Gatinhas e Gatões.

Os jovens também se tornaram o principal publico do cinema, o transformando em um evento social e alimentava o mercado de VHS que começava a surgir. Com Hughes o cinema ganhou um novo jeito de retratar os adolescentes, abrindo caminhos para outros diretores seguirem seus exemplos nas décadas seguintes.


Nenhum comentário:

Postar um comentário