Quando pensamos no cinema da década de 80, certamente um dos filmes do cineasta John Hughes desperta em nossa memória. Algo esperado se lembrarmos que ele foi o principal produtor de filmes voltados ao público adolescentes nesta década. O que parece comum hoje em dia nos filmes adolescente: ambiente escolar,os estereótipos adolescentes, a busca por autonomia e tentativas de atrair o sexo oposto. Fazem parte do modelo criado e popularizado em seus filmes.
Os protagonistas de suas obras eram sempre adolescentes,propositalmente estereotipados, desapegados das ideologias das gerações passadas e dispostos a lutar pelos seus próprios interesses. Já os adultos eram sempre representados de forma antagônica aos jovens e incapazes de compreende-los, com exceção de “Lisa” em “mulher nota 1000” que é a mulher idealizada, portanto não real.
A representação precisa dos adolescentes e o uso de estereótipos facilitava a projeção de seu público alvo que facilmente se identificava com seus protagonistas (a identificação facilita a aceitação e sucesso do filme), tendo em seus astros a realização de seus desejos: Como o sonho de todo jovem em ser como Ferrris Buller (em "Curtindo a vida adoidado"), dono de sua própria vida e a celebridade da escola (seu mundo social) e nas garotas a oportunidade de ter um dia perfeito, conquistando seu príncipe encantado (que não vinha mais a cavalo, mais dirigia carros importados) o roubando da rainha da escola (a menina mais invejada) em "Gatinhas e Gatões.
Os jovens também se tornaram o principal publico do cinema, o transformando em um evento social e alimentava o mercado de VHS que começava a surgir. Com Hughes o cinema ganhou um novo jeito de retratar os adolescentes, abrindo caminhos para outros diretores seguirem seus exemplos nas décadas seguintes.
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