domingo, 11 de abril de 2010

Os Fantasmas de Scrooge (A Christmas Carol), EUA, 2009, 96 minutos

Direção: Robert Zemeckis
Roteiro: Robert Zemeckis
Elencos: Jim Carrey , Gary Oldman , Robin Wright Penn , Colin Firth , Molly C. Quinn

“O Natal se aproxima e, como sempre, Ebenezer Scrooge mantém seu desprezo pela data. Milionário e muito mesquinho, ele só pensa em dinheiro e não dá espaço para a emoção em seu coração, maltratando Bob Cratchit, seu fiel assistente, e ignorando seu sobrinho Fred. Com a morte de seu sócio, Ebenezer recebe a visita de três fantasmas do Natal: do passado, do presente e do futuro. Cada um deles, levará o velho ranzinza para uma viagem que o ajudará a refletir melhor sobre sua vida passada e a escolha que fará para o futuro.”.

Os Fantasmas de Scrooge é uma animação baseada no clássico literário de Charles Dickens, roteirizada e dirigida por Robert Zemeckis, que utiliza pela terceira vez da tecnologia de capturas de movimentos aliada a tecnologia 3 D (antes filmou “Expresso Polar” e a “Lenda de Beowulf”) .

O filme surpreende pela fidelidade a história original de Charles Dickens, algo inesperado por ser uma animação e teoricamente voltada ao público infantil. É um clássico literário, conhecido e que já foi adaptado inúmeras vezes para o cinema com diferentes graus de fidelidade.

Além da fidelidade literária, também tem que se reconhecer a acuidade histórica da produção. Especialmente a cidade de Londres no começo da Era Vitoriana, com suas casas, figurinos e cotidiano. Na reconstrução urbana, somente a de se estranhar a ausência das fábricas que deveriam compor a paisagem.

A tecnologia de captura de movimento permite aos artistas representarem e se expressarem em suas versões animadas, indo além de meras dublagens. Jim Carrey está bom como Scrooge (sem apelas para o suas caretas e atuações exageradas) e Gary Oldman acaba se destacando, mais que o protagonista, como o sofrido ajudante Bob Cratchit.

O filme projetado para passar em 3D, exagera em algumas cenas que procuram ressaltar os efeitos na tela, especialmente as viagens (travelings) áreas. No cinema certamente aumentavam o interesse quando a tecnologia ainda era novidade, mas se torna cansativa nas projeções 2D e conseqüentemente nas exibições caseiras.

É uma animação adulta e pouco indicada ao público infantil. Assista sabendo que e uma representação fiel a obra original escrita a mais de um século e meio atrás. O que acarreta em uma história que exagera no drama (é Dickens) e impõem um lento ritmo cinematográfico para os padrões atuais.

domingo, 4 de abril de 2010

Os Homens Que Encaravam Cabras (The Men Who Stare at Goats) EUA / Reino Unido, 2009, 94 Minutos


Diretor: Grant Heslov
Roteiro: Peter Straughan, baseado no livro de Jon Ronson
Elenco: George Clooney, Ewan McGregor, Kevin Spacey, Jeff Bridges

"Com uma bem-humorada visão de fatos que, de tão estranhos são difíceis de acreditar, um jornalista descobre uma ala ultra-secreta do exército norte-americano ao acompanhar um enigmático operador das Forças Especiais em uma surpreendente missão."

O filme é uma sátira que atira para diferentes lados e não “perdoa” ninguém, são vitimas: o exercito norte americano, o “destino manifesto” e as conseqüentes guerras ao mesmo tempo que ataca os paranormais e movimentos de sociedades alternativas. Misturando tudo dentro da história dos homens que encaravam cabras.

O roteiro cria diversas situações hilárias, já a direção dita um ritmo meio “quebrado” e as vezes confuso. Problema amenizada pela enorme qualidade do elenco que contam com atores do porte de George Crooney, Ewan Mc Gregor e Jeff Bridges.

Uma história crítica e que arranca inúmeros risos, que somados a qualidade do elenco se transforma uma ótima opção de comédia que aposta mais na inteligência que no besteirol.

Arte Conceitual - Book of Eli

A Comic Com, vem se mostrando uma grande ferramenta das produtoras de filmes para a divulgação de suas obras, em 2009 para divulgar o filme “O livro de Eli” foram elaborados cartazes no estilo história em quadrinhos, bem interessantes vejam:



O Livro de Eli (The Book of Eli), Estados Unidos, 2010, 117 minutos


Direção: Albert Hughes e Allen Hughes
Roteiro: Gary Whitta
Elenco: Denzel Washington, Mila Kunis, Michael Gambon, Jennifer Beals, Gary Oldman, Evan Jones, Ray Stevenson.

“Eli é um guerreiro solitário que sobreviveu a um não muito distante futuro pós-apocalíptico. Sua missão é atravessar os EUA para conseguir passar adiante conhecimentos que podem ser a chave para a redenção do planeta escritos em um misterioso livro.”

A história mescla diferentes elementos de outras histórias, uma cocha de retalhos que estranhamente funciona. Eli é uma espécie de Samurai, um ronin, que vaga para cumprir uma cruzada divina, em um mundo destruído, e extremamente cinza, repleto de andarilhos, gangues e cidades inspiradas em filmes de velho oeste.

O roteiro simples é compensado pela competente direção dos irmãos Allen e Albert Hughes, que garantem um ritmo interessante e crescente ao filme. Os dois personagens principais ajudam a manter o interesse do filme, com boas atuações Denzel como o herói Eli, e Gary Oldman perfeito como o grande vilão da história.

Simples e interessante, vale apena ser apreciado e mantém grandes chances de virar um “Cult” em um futuro não muito distante.