terça-feira, 29 de junho de 2010

Mamma Mia!, EUA , 2008, 108 Minutos


Direção: Phyllida Lloyd
Roteiro:Catherine Johnson
Elenco: Amanda Seyfried, Meryl Streep, Stellan Skarsgård, Pierce Brosnan, Colin Firth, Dominic Cooper, Julie Walters, Christine Baranski.

“A jovem sonhadora e romântica Sophie (Amanda Seyfried) está prestes a se casar e por não conhecer seu pai biológico, envia três convites para Sam Carmichael (Pierce Brosnan), Harry Bright (Colin Firth) e Bill Anderson (Stellan Skarsgård), para que os três compareçam à seu casamento...”

O filme adapta o um musical londrino de 1999, que foi exportada para a Broadway, fazendo um enorme sucesso. O roteiro da peça, escrito por Catherine Johnson (que também assina o roteiro do filme), faz uma junção da história do filme: “Noites de amor, dias de confusão” (Buona sera, Mrs. Campbell, EUA 1968), com a inclusão das músicas do Abba dentro da trama. Fazendo com que as letras, completassem o roteiro do fime, ilustrando as situações, desejos e ações das personagens.

Para quem não conhece a banda Abba, é um quarteto sueco que fez enorme sucesso nas décadas de 70/80. Já as músicas certamente ira conhecer algumas. Já que são presença obrigatória em ''todas'' as festas de casamentos, desde que surgiu a banda.

Do filme original, restaram apenas os três possíveis pais da filha. O resto foi bem alterado para servir melhor ao musical. A Itália “mudou” para uma ilha grega. Cenário bem aproveitado pela direção da adaptação cinematográfica. Escolhendo belas e bucólicas paisagens gregas, que serviram como “pano de fundo” para as coreografias e demais cenários da história. Ousaram, gravando as músicas ‘‘ao vivo”, oferecendo maior ''realismo'' as cenas musicais. Normalmente as músicas são gravadas separadas em estúdios.

O elenco escolhido é bom, ofuscado diante do talento e carisma das protagonistas: A sempre perfeita Merlyl Streep, que alem de seu grande talento habitual, demonstra ser também uma ótima cantora. Já Amanda Seyfild, tem a chance de mostrar seu talento. Atua extremamente convincente, em um difícil papel que colocaria muitas artistas a prova, dada a necessidade constante de cantar. Desafio que deve ter encarado com relativa facilidade, dado os seus cinco anos de estudo de canto.

Apesar do filme ser um musical, fator que limita o público entre os que: ''amam ou odeiam''. Mamma mia foge, um pouco, deste estigma. Exatamente por ir além dos musicais convencionais. As musicas são populares e contextualizadas, servindo para completar a história. Sua trama é envolvente e desperta a curiosidade. Fatores que aumentam a probabilidade de quem não é fã do gênero gostar deste musical. Palavra de quem, normalmente não assiste musical, nem amarrado.

sábado, 26 de junho de 2010

Tudo em família (The Family Stone) EUA, 2005, Comédia - 102 min


Direção: Thomas Bezucha
Roteiro: Thomas Bezucha
Elenco: Claire Danes, Diane Keaton, Rachel McAdams, Dermot Mulroney, Craig T. Nelson, Sarah Jessica Parker, Luke Wilson, Tyrone Giordano, Brian J. White, Elizabeth Reaser, Paul Schneider, Savannah Stehlin, Jamie Kaler, Carol Locatell, Ginna Carter.

“Meredith Morton (Sarah Jessica Parker) é uma elegante executiva nova-iorquina, acostumada a enfrentar desafios. Entretanto o pior de todos está por vir, quando aceita o convite para passar o Natal junto à família do seu namorado...”

Geralmente filmes com famílias, são “farsas” que apresentam famílias repretas de esqueletos no armário, que saindo no decorrer dos filmes. Mas este é um filme de família "diferente". Pra começar, ele apresenta uma família unida, compreensiva e extremamente liberal. O grande problema a ser resolvido - será aceitação de um novo membro, a namorada do primogênito, que não desperta a menor afeição de nenhum dos membros da família.

A direção e o roteiro pecam nos excessos. Apresenta ótimas cenas dramáticas e varia nas cenas e estilos do humor (apresentando algumas cenas muito engraçadas). O problema está nas mudanças bruscas e repentinas de um estilo para o outro. Construindo um filme que carece de identidade. Ora se assemelha as atuais produções “indie” norte americana, dada sua complexidade, ora retorna ao estilo comercial das comédias familiares.

Seu elenco é tão variado quanto o estilo do filme. Apresenta uma grande quantidade de personagens. A maiorias dos atores são figuras constantes nas comédias norte americana, e atuando em sua “zona de conforto” realizam um trabalho bastante natural. Resultando em um raro exemplo de filme que fica difícil apontar um ator que se destaque (positivamente ou negativamente).

O problema da “bipolaridade” filme, é amenizado pelo fato de seus extremos serem igualmente interessantes. Portanto assista sem maiores pretensões e aproveite as interessantes cenas e personagens que o filme tem a oferecer.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Alpha Dog (Alpha Dog) EUA, 2006, 116 minutos


Diretor: Nick Cassavetes
Roteirista: Nick Cassavetes
Elenco: Amanda Seyfield , Anton Yelchin, Ben Foster, Bruce Willis, Matthew Barry, Emile Hirsch, Fernando Vargas , Vincent Kartheiser, Justin Timberlake, Sharaon Stone.

“O filme conta a história de Johnny Truelove . Um traficante de drogas, que seqüestra Zack para pressionar o irmão mais velho do garoto, o violento Jake, a quitar uma dívida. No entanto, as coisas saem do controle.”

Alpha Dog é adaptação “não aprovada” do crime de Jesse James Hollywood , que abalou os Estados Unidos. Transformando no mais jovem participante da famosa lista dos mais procurados do FBI. Por motivos legais todos os nomes dos envolvidos foram alterados, com Jesse rebatizado por Johnny Truelove.

O roteiro segue os acontecimentos do crime. Mas o filme não se limita a uma história policial. Aborda, e questiona, a futilidade da alta classe média norte americana (que não difere muito da brasileira). Que procura compensar suas necessidades afetivas, pelo uso exagerado do sexos, álcool e drogas ilícitas. Transformando o filme, uma interessante critica social.

A direção de Nick Cassavetes acerta no ritimo do filme, mesclando: mistério, suspense e bom humor. Como aspecto negativo, polui o filme com constantes divisões da tela em flames. Recurso que mais atrapalha do que ajuda a narrativa. Se monstrando melhor no cinema tradicional.

O elenco faz bem sua parte, com atores em começo de carreira e a participação do cantor pop Justin Timberlake. Entre os jovens se destaca a participação Amanda Seyfield, que vem se tornando uma renomada atriz, no começo da carreira. Alguns atores famosos aparecem para ceder seus nomes ao filme: como Bruce Willie e Sharon Stone irreconhecível em seu papel.

E uma analise mais ampla, é um filme mediano. O que amplia o interesse no filme é sua visão crítica social e a curiosidade de saber como foi o crime que se tornou famoso no Brasil, pelo fato da prisão de Jesse ter ocorrido no Brasil. Curiosamente o famoso destino dos criminosos do cinema americano quando querem fugir da sua justiça.Mostrando que as vezes é a realidade que imita o cinema.

terça-feira, 22 de junho de 2010

O Amor pede Passagem (Management) - EUA , 2008 - 94 minutos

Direção: Stephen Belber
Roteiro:
Stephen Belber
Elenco:
Jennifer Aniston, Steve Zahn, Margo Martindale, Fred Ward, James Hiroyuki Liao, Woody Harrelson, Yolanda Suarez

“A vida de Mike é bem pacata, ele mora e trabalha em um hotel de beira de estrada, em uma cidade do interior do Arizona, que pertence aos seus pais. Mas o amor esta prestes a pregar uma peça nesse cara. A executiva Sue Claussen se hospeda no hotel para descansar entre uma viagem e outra de negócios. Mike resolve apostar suas fichas e dar a cara à tapa com uma garrafa de vinho barato nas mãos cortesia da gerência, começa uma viagem entre duas pessoas que buscam algo mais para suas vidas.”

É uma das raras comedia romântica que não segue a receita do gênero. Ousadia que o transformou em um fracasso de bilheteria nos EUA que não aprovou a complexidade típica de filme independente em um gênero que estão acostumados a ver “mais do mesmo”.

Começando com o “mocinho” que é a anti tese do príncipe encantado ou do crápula que se regenera pelo amor. Mike (Steve Zahn) é um esquizóide em baixo grau (vive “fechado” em seu mundo e não aprendeu a se relacionar com os outros).

Trata com maturidade o gênero abordando tema mais sérios em suas personagens como as mudanças que o encontro trazem a Mike, o forçando a sair ”do seu mundo” e se aventurar e aprender a se relacionar com os outros. Fator que gera as melhores e as piores cenas do filme.

Mudanças que alterara também a vida de Sue Claussen (Jennifer Aniston) para sempre. A escolha da atriz para este papel, infelizmente não foi muito feliz : Jennifer, não convence na personagem, não conseguindo transmite sua complexidade interior.

Bom ressaltar que é primeiro filme de Stephen Belber como diretor e que também assina o roteiro ( que deveria ser melhor trabalhado). A inexperiência certamente contribuiu para alguns problemas do filme como alteração de cenas “maduras”, com ótimos e complexos diálogos com cenas simples e relativamente bobas, que parecem estar no filme apenas para tentar agradar o público , deslocadas do contexto.

Apesar dos “altos e baixos”, vale a pena assistir o filme. Seja pela “ousadia” de modificar o sub gênero, quanto a sua complexidade temática e a ótima atuação de Steve Zahn que está perfeito em sua complexa personagem.

domingo, 20 de junho de 2010

Esquadrão classe A - Persoangens


John "Hannibal" Smith atingiu o posto de coronel de uma unidade das forças especiais os Ranges, possuindo o seu próprio esquadrão, um "Grupo Avançado" que recebia como código A (A-Team). Realizando inúmeras missões bem sucedidas até serem acusados de um crime que não cometeram e presos por crime de guerra.

O sucesso de suas missões é assegurado pela sua genial capacidade estratégica, que o permite projetar os mais complexos planos de ação, para as mais impossíveis missões, utilizando as habilidades individuais de todos os membros do seu esquadrão que as cumprem com precisão cirúrgica.

Além dos planos atua juntamente com seu esquadrão em campo, sendo um mestre em disfarces, bom em combatente, infiltração e mestre nas “artes de fuga”.

Ator - Lian Neeson é sem dúvida um grande ator e vem demonstrando grande capacidade para atuar em filmes de ação apesar de sua idade. Já havia se destacado no ótimo “ Busca Implacável” e repete a boa atuação como Hannibal.

O que muda da série ? – Bem fiel a série, salvo que é bem menos sereno que o personagem original e não abusa dos charutos.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Esquadrão Classe A (The A-Team), EUA , 2010 , 125 minutos

Direção: Joe Carnahan
Roteiro: Joe Carnahan, Brian Bloom, Skip Woods
Elenco: Liam Neeson, Bradley Cooper, Sharlto Copley, Quinton 'Rampage' Jackson, Jessica Biel, Patrick Wilson, Geral

Esquadrão Classe A é um excelente filme de ação, com o clima vintage oitentista do gênero que inspirou a série de TV. Apenas muda apenas o ritmo o deixando extremamente frenético no ritmo do cinema moderno.

Adaptado com fidelidade ao espírito da série dos anos 80, apenas diminuindo sua inocência (no original ninguém nunca morria) sem alterar as características principais das quatro personagens. A principal mudança foi trocar a Guerra do Vietnã pela do Iraque.

A grande virtude do filme está em sua simplicidade: É um filme de ação e ponto. Não tem história ou personagens complexos, não perde tempo com uma trama rebuscada e nem tenta agradar o públicos de diferentes gêneros seja pela injeção de romance ou personagens infantilizados.

As cenas de ação são as mais inverossímeis possíveis e que chegam ao mais alto patamar em uma escala de absurdos, graças a atual geração de efeitos especiais. Filmes de ação não precisam (e nem devem) ser críveis. Tendo que cumprir apenas uma obrigação para agradar seu público cativo: despertar sua adrenalina. Quesito realizado com louvor.

O filme ainda é recheado com diversas cenas engraçadas e referências cinematográficas, diretamente inseridas dentro das cenas de ação, sem quebrar o ritmo do filme.

Imperdível para os amantes dos “clássicos” filmes de ação e que estavam meio abandonados com a atual safra que vem sofrendo de grave crise de identidade, em sua busca para agradar a todos e render milhões nas bilheterias em todo o mundo.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Persoangens - Meninas Malvadas

Da esquerda pada a direita

Gretchen Wieners é uma das “plastics” e a “leal” amiga de Regina, desprovida de personalidade acaba necessitando de alguém para “apoiar” e que diga o que ela deve fazer. Interpretada por Lacey Chabert a única do quarteto que ainda não conseguiu muita fama em Hollywood.

Regina é a líder da abelha-rainha, filha de uma família de posse, cujo a mãe lhe da pouca atenção, permitindo seus exageros. É interpretada por Rachel McAdams que já mostra o seu grande potencial como atriz.

Cady Heron nunca freqüentou uma escola de verdade sendo educada por seus país na Àfrica, ao começar a freqüentar a escola no subúrbio de Chicago e acaba a despertar a atenção por sua beleza e “excentricidade” ate chamar a atenção do grupo liderado pela “Queen Bee”. Interpretada por Lindsay Lohan dona de um raro talento, que deixa sua personagem ainda mais interessante.

Karen Smith é a outra “plastics”, a típica “loira burra”, daquelas que faz exatamente o que mandam ela fazer. Amanda Seyfried , deu grande vida a sua personagem a transformando na mais divertida e engraçada personagem do quarteto.

Meninas Malvadas (Mean Girls), EUA, 2004, 96 minutos


Direção: Mark S. Waters
Roteiro: Tina Fey (baseada no livro de Rosalind Wiseman)
Elenco: Lindsay Lohan, Rachel McAdams, Lacey Chabert, Amanda Seyfried, Tina Fey, Lizzy Caplan, Tim Meadows, Amy Poehler

Meninas malvadas é um “filme adolescente” muito acima da média deste gênero de produções. Baseado no livro: “Queen Bees and Wannabes” de Rosalind Wiseman que descreve o comportamento das adolescentes que conseguem obter um “certo domínio” nas escolas que freqüentam. Dando uma complexidade maior ao ótimo roteiro escrito pela Tina Fay, que cria uma história envolvente e engraçada, com diálogos recheados da mais fina ironia e sarcasmos .

A direção faz um competente trabalho nas montagens da cena e na escolha do elenco, com a estrela em ascensão, na época, Lindslay Lohan que esbanjava talento e um elenco coadjuvante, que apresenta: Amanda Seyfried e Rachel McAdams que vem se tornando grandes estrelas de Hollywood. Tina Fey além do roteiro esbanja seu talento humorístico como umas as professoras da escola.

Apesar de ser uma comédia, o tema é abordado com extrema seriedade e recheado de ótimas cenas dramáticas. As meninas. O filme aborda as relações sócias entre adolescentes de uma escola norte americana. No intuito de facilitar a identificação se utiliza de estereótipos adolescente, de forma semelhante ao “Clube dos Cinco”. Diferenciando apenas na adoção de uma abordagem mais crítica ao comportamento das personagens.

As adolescentes que assistirem o filme certamente vão se identificar com diversas situações e adquirir consciência das as tristes conseqüências que seus atos impensados podem acarretar. Já os adultos presenciaram um “retrato”, destas meninas, analisando seu comportamento e prováveis causas motivadoras.

Uma rara “comedias adolescentes” que é capaz de agradar tanto o público alvo quanto os adultos. Além de conseguir arrancar inúmeros risos ao mesmo tempo que sucinta complexas analises críticas. Imperdível !!.

domingo, 13 de junho de 2010

O preço da traição (Chloe) EUA / Canadá / França , 2009 - 96 minutos

Direção: Atom Egoyan
Roteiro: Erin Cressida Wilson
Elenco: Julianne Moore, Amanda Seyfried, Liam Neeson, Max Thieriot

“Catherine e David, ela uma médica, ele um professor, são à primeira vista, o casal "perfeito. Felizes, com um filho adolescente talentoso, eles parecem ter uma vida idílica. Mas quando David perde um vôo e consequentemente sua festa de aniversário surpresa, Catherine começa suspeitar do marido. Colocando em cheque a sua fidelidade, ela decide contratar Chloe, uma acompanhante para seduzir David e testar sua lealdade.”

Mais um remake de Hollywood, da produção francesa Nathaly X de 2003. Que retrata a vida de uma mulher de sucesso, que com o passar dos anos vem sofrendo de auto estima e projetando suas inseguranças em seus relacionamento com o marido.

Assim como o tema, as personagens da história são extremamente complexas. Sendo necessário prestar grandes atenções nos gestos e discursos das personagens que contradizem seus discursos. Como por exemplo a relação mal resolvida de Chloe com sua mãe, que acaba projetada na relação com a protagonista.

Já o roteiro é extremamente simples, comparado a complexidade temática e das personagens. Ancorado nos clichês dos “trillers eróticos” que foram comuns nos cinemas nas década de 80/90, que “ousam” mudar a “receita” apenas trocando o tradicional protagonista homem por uma mulher. As constantes e esperadas reviravoltas estão presentes e atrapalham mais a história do que surpreende.

As limitações da história são compensadas pelo excelente elenco que dão vida e a complexidade necessária para suas personagens O casal principal interpretadas por Juliane Moore e Liam Nelson estão ótimos como sempre. Amanda Seyfield em seu primeiro grande teste no cinema, fora das comedias românticas, passa com ótima nota: Interpreta com competência sua difícil personagem. O diretor egípcio Aton Egoyan, que costumam exigir muito de seus atores, com este elenco não deve ter tido muito trabalho.

Apesar dos problemas com a história as personagens e seus atores compensam a limitação da história, transformando um filme fraco em algo interessante. Assista sem medo gostar de “trillers eróticos” ou de boas atuações.

domingo, 6 de junho de 2010

O Escritor Fantasma (The Ghost Writer) França / Reino Unido / Alemanha , 2010 - 128 minutos


Direção: Roman Polanski
Roteiro: Roman Polanski, Robert Harris
Elenco: Ewan McGregor, Pierce Brosnan, Olivia Williams, Tom Wilkinson, Kim Cattrall

“ A história de um “ghostwriter” contratado para completar o livro que conta as memórias de um ex-Primeiro Ministro Britânico. Durante o processo, o político revela segredos que colocam sua própria vida em perigo.”

Romam Polanski dirige mais um ótimo trabalho em “Escritor Fantasma”, um triller político baseado no livro “The Ghost” de Robert Harris que também atua como co-autor na adaptação. Simpatizante da ala modernista do Partido Trabalhista Britanico, ajudou a eleger Tony Blair e se tornou um critico ferrenho de sua política externa dos EUA no Iraque.

O primeiro ministro do filme é fictício Adam Lang (vivido pelo ex James Bond, Pierce Bronson) mas faz clara alusão a Tony Blair. Que vive isolado em uma ilha nos EUA onde deseja publicar sua biografia e para isso contrata um escritor fantasma para “ajudá-lo” a escrever a “sua” obra.

Durante a produção do livro o escritor comete um suspeito suicídio, que leva o ex-ministro a procurar um novo “Escrito Fantasma” e contrata a personagem de Ewan McGregor, cujo nome não é revelado na história, com uma irrecusável proposta. Ewan em mais um momento brilhante da carreira, faz uma interpretação tipicamente noir: solitário, desconfiado e preso em uma rede de intrigas, conspirações e morte.

O clima noir continua presente nas ambientações, com climas sempre nublado e tons acidentados. Na ambientação Polanski busca inspirações ainda em outros gêneros: fretando com o Terror ao construir as suas ambientações, a casa e a ilha lembram os clássicos cenários de filmes de terror. Em especial a mansão, que apesar de repletas de paredes de vidro provoca a sensação de claustrofobia.

Voltando ao elenco, as duas personagens femininas da trama são muito bem construías e interpretadas: Olivia Williams interpreta Ruth Lang, a esposa, em constante ataques de nervos, devido dada a situação política de seu marido e atual relação com sua secretaria Amelia Bly, cujos interesses parecem ir além do profissional. Interpretada por Kin Cattrall que vem recebendo inúmeros elogios da crítica pela atuação.

O roteiro além da boa história, carrega inúmeras frases sarcásticas e irônicas , que acaba arrancando risos dos expectadores mais “antenados” ao contexto político do filme. Completa o filme uma brilhante trilha sonora do compositor Alexandre Desplat, que cria uma interessante aura de suspense as cenas do filme, aumentando em muito sua dramaticidade.

O resultado é um suspense imperdível, que relembra os clássicos do gênero, mas com uma história atual e bem embasada no contexto geopolítico contemporâneo.