domingo, 28 de março de 2010

Criação (Creation), Inglaterra, 2009 , 108 minutos


Direção: Jon Amiel
Roteiro: John Collee
Atores: Paul Bettany , Jennifer Connelly , Jeremy Northam , Toby Jones , Benedict Cumberbatch

Criação não é um filme que aborda como Darwin criou o livro “A origem das espécies” ou sua vida como um todo. É um filme que abordado estagio depressivo de sua vida, iniciado pela precoce morte da sua filha primogênita e seus conflitos internos quanto a publicação de seu livro, que segundo seus amigos materialistas poderia “Matar Deus’, em contra partida de sua formação religiosas, reforçada pela sua esposa, que temia a uma retaliação divina pela publicação da obra.

O filme faz uma ótima reconstituição histórica da primeira metade do século, bem como os conflitos teóricos do período, o embates fervorosos entre os materialistas e religiosos. A atrasada medicina da época também é fielmente retratada.

O diretor apresenta algumas belíssimas cenas cinematográficas como algumas de suas histórias de viagem e o encontro com uma orangotango vinda da África para o zoológico de Londres , em uma alegoria para a criação de sua teoria da evolução. Os atores seguram bem os seus papeis, com

Mas o filme como todo não chega a empolgar, é dramático demais, com roteiros e cenas cansativas, reciclando os mesmos conflitos do inicio ao final do filme. Perdendo a chance de detalhar melhor a vida do naturalista ou as repercussões e contestações, religiosas, de sua polemica obra.

domingo, 21 de março de 2010

Ilha do Medo (Shutter Island), 2010, 148 minutos


Direção: Martin Scorsese
Roteiro: Laeta Kalogridis, baseado em livro de Dennis Lehane.
Atores: Leonardo DiCaprio , Mark Ruffalo , Ben Kingsley , Emily Mortimer , Michelle Williams

"1954. Teddy Daniels (Leonardo DiCaprio) investiga o desaparecimento de um paciente no Shutter Island Ashecliffe Hospital, em Boston. No local, ele descobre que os médicos realizam experiências radicais com os pacientes, envolvendo métodos ilegais e anti-éticos. Teddy tenta buscar mais informações, mas enfrenta a resistência dos médicos em lhe fornecer os arquivos que possam permitir que o caso seja aberto. Quando um furacão deixa a ilha sem comunicação, diversos prisioneiros conseguem escapar e tornam a situação ainda mais perigosa."

O roteiro é baseado no livro Paciente 67, de Dennis Lehane segue um estilo hitchcockiano de fornecer pistas e revelar tudo com uma cena no final que serve como chave para entendermos todos os mistérios. Apesar de dar certo, a grande quantidade de informações conflitantes que o filme apresenta acaba levando o expectador a forjar varias teorias parecidas, ou não, com a “surpresa” final (eu tinha umas 4) , que acaba não culminando como um verdadeiro final surpresa, já que é “natural” pensar em alguma parecida com o final.*

Scorsese esbanja conhecimentos cinematográficos ao montar um verdadeiro mosaico de estilos cinematográficos, homenageando os filmes Noir (assim como a trilha sonora), e demais estilos da época. Li que este Mosaico é uma citação ao Gabinete do Dr Caligari o expressionismo alemão . O ótimo elenco ajudam a segurar o suspense do filme, Leonardo DiCaprio em mais uma inspirada atuação que é completada pelos talentosos coadjuvantes.

A parte psiquiátrica o filme é extremamente precisa, foram pesquisados como eram os hospitais psiquiátricos da época, suas drogas e seus efeitos colaterais e de abstinência (a paranóia é um deles). Já a parte histórica na Segunda Guerra peca bastante (mas por ser lembranças acaba justificável) tinha reparado no uniforme que estava errado, assim como os soldados alemães que normalmente fugiam dos campos antes dos aliados chegarem. O erro mais grave ocorre ao citar o campo de concentração “ de “Dachau” e reconstituir no filme o campo de Auschwitz.

Um filme que pode ser visto sem medo, apesar do assustador trailer, que mantém o suspense com belas cena proporcionadas por Scorsese, que peca apenas em deixar o desfecho da história obvio demais.


domingo, 14 de março de 2010

Te Amarei Para Sempre ( Time Traveler`s Wife, The),EUA 2009, 107 Minutos


Direção: Robert Schwentke
Roteiro: Bruce Joel Rubin
Elenco: Michelle Nolden, Eric Bana, Alex Ferris, Rachel McAdams, Carly Street, Jane McLean, Arliss Howard, Katherine Trowell, Bart Bedford,

Baseado no Best Seller: The Time Traveler's Wife (A esposa do Viajante do Tempo) de Audrey Niffenegge, o filme mistura elementos de romance (onde convence ) e ficção cientifica (onde não convence) ao tratar de forma diferenciadas as viagens do tempo, enfocando a vida sentimental de um casal afetado por esta anomalia temporal.

A idéia do roteiro é interessante e o diretor consegue administrar bem as idas e vindas do futuro conseguindo prender a atenção do expectador no romance e pecando nas explicações “cientificas “. O maior erro do filme é que ele é obvio demais, fica fácil entender o que esta acontecendo e o que ainda vai acontecer, não abrindo espaços para os mistérios que costumam ser alma deste subgênero de filmes. O elenco foi muito bem escalado e mantém uma interessante química que melhora a parte romântica do filme.

O filme não surpreende, a parte ficcional é forçada, mas o romance convincente e que deve agradar as fãs de comedias românticas. Tanto que o nome em português foi alterado para atrair atenção deste público alvo.

Ellen Page - Filmes Indisponiveis


Tentamos fazer nossas filmografias as mais completas possíveis, entretanto alguns filmes são virtualmente impossíveis de achar no Brasil por se restringirem a mercados restritos e que não foram comercializados fora destes mercados. Mesmo na Internet estes filmes não se encontram disponíveis não encontrando legendas ou os arquivos disponíveis para download.

No caso da Ellen Page, ela fez diversos filmes no mercado independente canadense. Conheça um pouco destes filmes que dificilmente conseguiremos ver no Brasil algum dia.


I Downloaded a Ghost Canada /USA, 2001, 90 minutos

Stella (Ellen Page) é uma garota de 14 anos e seu amigo Albert, acabam sem querer, fazendo “Download” de um fantasma e agora tem que ajudá-lo a resolver seus problemas pendentes ou serem assombrados pelo resto de suas vidas.


Touch & Go, Canada 2001

Darcy é um homem de 28 anos que gosta de viver sua vida como se tivesse quinze anos com seus melhores amigos Peter e Lynn. Além de aconselhar a jovem skatista Trish (Ellen Page) de 13 anos . Sua estabilidade passa a mudar, quando Lynn resolve aceitar um trabalho “no outro lado do mundo” e quer arrastar com ela Peter,seu namorado. Darcy agora tem que aprender como o fato de perder seus amigos mais íntimos e fatalmente sua eterna adolescência.


As pontes de Madison (Marion Bridge) Canadá, 2002, 90 Minutos
Três filhas vão visitar a mãe, que está à beira da morte. A mais nova, alcoólatra como a mãe, chega à cidade onde passou uma infância problemática achando que nada mudou. Dessa forma, elas acabam remexendo em antigos segredos da família.

The Wet Season, Canadá 2002

Imaginem uma época onde chorar é ilegal. “A temporada chuvosa” é um lugar do país onde as pessoas que ousam chorar vão cumprir sua pena por desrespeitar a lei. Agora imaginem uma garota de 15 anos indo para este lugar.

Love That Boy,USA, 2004

Phoebe é uma estudante “profissional” e socialmente inapta, cuja única preocupação é com a sua formação. Faltando duas semanas para se formar ela resolve encontrar um namorado e acaba se apaixonando , o único problema é que ele tem apenas 14 anos.

Wilby Wonderful, Canadá, 2005

A vida de diferentes habitantes da pequena cidade de Wilby (fictícia) na costa leste canadense que se preparam para um grande festival que acontecera dentro de alguns dias.


Breve Biografia: Ellen Page

Ellen Page nasceu em 21 de fevereiro de 1987, na Nova Escócia ( Canadá). Começou a carreira com 10 anos de idade na série de TV "O Pequeno Pônei", fazendo sucesso e rendnedo indicações ao Young Artist Award e Gemini Award e melhor atriz infantil.Também produziu alguns filmes para a Tv como “Homeless to Harvard” (2002) e Mrs. Ashboro's Cat (2003).

No cinema começou em produções canadenses independentes e voltadas ao mercado interno canadense. Nesta fase apenas a “Ponte de Madison” teve projeção internacional participando de grandes festivais.

Nos anos seguintes ela continuou participando de séries de TV e filmes canadenses de baixo orçamento e restritos ao mercado local. Exceção ao filme “A Ponte de Madison” que foi exibidos em festivais internacionais.

Seu primeiro filme lançado no mercado internacional foi “Menina má.com” que fez sucesso entre a crítica e abriu as portas para participar de X-Man 3, no papel da “Lince Negra”.

O reconhecimento como uma grande atriz viria da sua interpretação no filme independente americano "Juno", que lhe rendeu a indicação ao Oscar na categoria de melhor atriz e ao Globo de Ouro de Melhor Atriz em um filme musical ou comédia.

Um Crime Americano (An American Crime), EUA, 2007, 93 Minutos



Diretor: Tommy O'Haver
Roteirista: Tommy O'Haver, Irene Turner
Elenco: Ellen Page, Catherine Keener, Hayley McFarland, Ari Graynor, Evan Peters, Bradley Whitford, Hannah Leigh

Baseado na história real que chocou a nação em 1965, o filme reconstrói um dos crimes mais chocantes já cometidos a uma só vítima. Sylvia e Jennie Fae Likens, as duas filhas de um casal que trabalha com um circo são deixadas para uma estadia demorada em Indianápolis, na casa Gertrude Baniszewski, uma mãe solteira com sete crianças. Tempos difíceis, e as necessidades financeiras de Gerturdes, obrigam-na a fazer este arranjo antes de perceber como esta obrigação levará sua natureza instável a um ponto de ruptura.

O filme reconstitui um dos mais conhecidos e polêmicos crimes norte americanos que chocou Estado de Indiana (EUA) em 1965 e que serviu como alerta a crimes domésticos cometidos em todo o país, aumentando as denuncias para estes acontecimentos. Lançado em festivais e diretamente para a televisão, o filme surpreende pela sua qualidade. No Brasil foi lançado de forma oportunista (mas bem vinda) nos cinemas após o sucesso de Ellen Page em Juno.
O roteiro do filme é praticamente documental, elaborado a partir das transcrições do julgamento real. A direção mantém uma ordem cronológica dos fatos , que são narrados a partir do Julgamento do caso. A apresentação da história altera cenas dos tribunais, com apresentações dos eventos reconstituídas como supostamente deveriam ter ocorridos.

O diretor Tommy O'Haver que cresceu em indiana ouvindo histórias do acontecimento, “suaviza” as cenas de tortura da personagem, que foram bem piores no caso real, oferecendo maior dignidade a vitima. Entretanto as cenas ainda são extremamente brutais e muitos espectadores não vão conseguir assistir ao filme por conta destas cenas. Não faz uso de artifícios narrativos para aumentar a tensão ou o suspense a própria natureza e seqüências dos eventos se encarregam de despertar estas sensações e o desejo de saber o destino dos envolvidos.

O filme conta com um bom elenco, de atores jovens que seguram bem seus difíceis personagens. Destacando Ellen Page que está perfeita como Sylvia (até sua aparecia lembra muito a da vitima) transmitindo fragilidade e inocência a personagem que aumentada a sensação de horror ao ver sua personagem sofrer. Catherine Keener interpreta brutal mãe, asmática e viciada em heroína, de forma extremamente humana e natural, ampliando ainda mais a monstruosidade de sua personagem que lhe rendeu uma indicação ao Emmy de 2008 por este filme.

Ótima reconstituição histórica de um dos mais terríveis crimes norte americanos. Ficando a indicação apenas para quem tenha “estomago forte” para agüentar as terríveis cenas de tortura e sofrimento.

sábado, 13 de março de 2010

Dias Incríveis (Old School), EUA, 2003, 91 minutos


Diretor: Todd Phillips
Roteirista: Court Crandall, Todd Phillips, Scot Armstrong
Elenco: Luke Wilson, Will Ferrell, Vince Vaughn, Jeremy Piven, Ellen Pompeo, Juliette Lewis,

"Mitch (Luke Wilson), Frank (Will Ferrell) e Beanie (Vince Vaughn) são três homens que têm em torno de trinta anos. Decididos a recuperar as glórias do passado, eles decidem retornar à universidade onde estudaram e lá montar uma nova irmandade, formada por ex-alunos do local."

O diretor Todd Phillips aproveita sua experiência no documentário “Flat House” sobre fraternidades para criar sua comedia do tema, inovando ao transformar pessoas que já não freqüentam a universidade a tempos em lideres de uma fraternidade que começa a fazer grande sucesso no Campus.

Todd Phillips prova ter um ótimo tino para comédia, aproveitando bem o potencial humorístico de cada ator e construindo interessantes “cenas de fundo” que acontecem no cenário simultaneamente as ações dos personagens principais, arrancando risos inesperados dos expectadores. O roteiro é simples centrando nas situações cômicas, sem se preocupar muito com a história que chega a ser “boba” de tão simplória.
As personagens são interessante e diferem dos estereótipos clássicos deste tipo de comédia, interpretados por uma trupe que se estabilizou com sucessos nas comedias: Will Ferrel, Luke Wilso, Vince Vaughn (membros da “Flat Pack”).

Dias incríveis pode não ser uma das melhores comedias da década, mais consegue divertir e inovar um pouco dentro do tema “filmes de fraternidade”.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Filmografia Diretor: Todd Philips


Ainda cursando cinema na universidade (que não concluiu) fez seu primeiro documentário “Hated” sobre o músico G.G.Allin em 1993. Em 1998 fez o segundo, denominado “Flat House” que descrevia as “irmandades universitárias” que fez sucesso e despertou a atenção Ivan Reitman que o convidou a dirigir filmes de sua companhia cinematográfica. Passou a dirigir comedias, todas obtiveram relativos sucessos (salvo escola de idiotas) até o engraçadíssimo “Se beber não case” que faturou uma enorme bilheteria, ganhou o Globo de Ouro e colocou Todd em destaque na mídia especializada.

Filmografia como Diretor

2000 - Caindo na Estrada

2003 - Dias Incríveis

2004 - Starsky & Hutch - Justiça em Dobro

2006 - Escola de Idiotas

2009 - Se Beber, Não Case