Um dos aspectos interessantes da obra é que não é o quadro ou a maldição que corrompe Dorian. Ela apenas lhe dava beleza eterna e imortalidade. Os elementos de sua perversão foram mais mundanos.
Recebeu uma enorme fortuna sem o preparo para lidar com o dinheiro o que permitia fazer praticamente tudo que desejasse, somado suas duas novas amizades, com homens mais velhos que moldaria sua personalidade rumo a perversão. O artista Basil Hallward defendia as virtudes de Dray mais reforça o seu narcisismo, exaltando sua beleza física, o comparando a Adônis, cuja beleza seduzia as deusas gregas, ao ponto de desejar imortalizar em sua beleza em uma obra prima. Lord Henry Wotton o conduziu ao seu modo de vida hedonista, ensinando que o único propósito da vida é perseguir a beleza e o prazer.
O órfão Gray ausente de representações paternas incorpora a sua psique tais ensinamentos transformando em um dos maiores pervertidos da literatura mundial. Perversão não caracteriza por seus vícios ou comportamento promiscuo e sim pelo prazer que lhe era gerado ao causar o mau.
+ Dorian Dray
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
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