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Neste ponto não, a trama deixa de ser clássica história policial para se tornar uma aventura hollywoodiana moderna. As personagens se encontram fieis as descrição original, entretanto a estrutura do enredo sofreu modificações radicais. Algo esperado pelo fato dos livros originais serem obras datadas e escritas para o perfil de leitores da “Era vitoriana” e que não se enquadram ao perfil atual dos consumidores de cinema.
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O filme é uma produção comercial e como tal, tem o claro objetivo de obter uma estupenda bilheteria para custear os enormes custos da produção (90 milhões de dólares) e gerar lucro. A solução encontrada foi adequar o herói ao padrão alucinante dos atuais filmes de ação. Para garantir o ritmo moderno, o filme coloca as inúmeras habilidades dos heróis constantemente a prova. Ocupando grande parte do filme com longas cenas de ação e combate. Cenas que não acontecia nos livros que seguia um ritmo mais lento e investigativo, típico dos romances policias do período.
Adequações para as exigências do público, não é algo novo, ocorreram em todas as encarnações cinematográficas do herói. Usando como exemplo o filme “O Enigma da Pirâmide”, temos um filme de aventura seguindo a risca o modelo do gênero utilizado nos anos 80, assim como os protagonistas são retratados em sua adolescência, buscando criar uma maior identidade com o público “teen”, uma grande jogada da época dado o fato de que os adolescentes se tornaram os grandes freqüentadores do cinema no período.
Ou seja temos um Sherlock “repaginado” aos anos 2000 nesta nova versão, porem fiel as características que seu criador Arthur Conan Doyle o dotou.
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