domingo, 21 de fevereiro de 2010

Um Homem Sério (A Serious Man), EUA, 2009, 105 minutos.


Diretor: Joel Coen, Ethan Coen
Roteiro: Joel Coen, Ethan Coen

Elenco: Michael Stuhlbarg, Sari Lennick, Richard Kind, Fred Melamed, Aaron Wolff, Jessica McManus, Adam Arkin, Simon Helberg, Adam Arkin, George Wyner, Katherine Borowitz.


“Em 1967, Larry Gopnik (Michael Stuhlbarg) é um professor de Física da Universidade de Midwestern, que acaba de ser informado que sua esposa Judith (Sari Lennick) o está deixando. Ela apaixonou-se por um de seus colegas, Sy Ableman (Fred Melamed), que, aos seus olhos, é alguém muito mais interessante do que seu marido. A família de Larry também não é lá essas coisas: seu irmão Arthur (Richard Kind) mora em sua casa e dorme no sofá; seu filho Danny (Aaron Wolf) é um estudante problemático e rebelde; e sua filha Sarah (Jessica McManus) pega, frequentemente, dinheiro de sua carteira para fazer uma plástica no nariz. Uma carta anônima também ameaça sua carreira na universidade. Larry, então, decide pedir conselhos a três diferentes rabinos que poderão ou não ajudá-lo, diante de tantos problemas.”

Os irmãos Coen não costumam dar muita bola para o naturalismo americano, muito menos para o começo meio e fim, normalmente se apegando mais ao “meio” de uma história que começa sem começo e termina sem um fim convencional. O filme realmente merece concorrer ao Oscar de roteiro original, dada originalidade da história. O filme é desprovido de clichês e usa convenções cinematográficas para enganar os expectadores. Que não difere muito de suas obras anteriores como “Onde os Fracos Não Têm Vez”.

O tema do filme é a incerteza, presente na aula de física sobre o Gato de Schrödinger, nas falas dos sul coreanos e dos rabinos. Diante das incertezas, a fé seria o caminho esperado de Judeu praticamente. Na relação fé e realidade que a crítica dos irmãos é acentuada opondo as tradições morais e religiosas judaicas, perante aos problemas reaisdo cotidiano. Enquanto o protagonista aceita tudo passivamente, tentando se mostrar um “homem sério”, em uma interessante atuação de Michael Stuhlbarg.

A trilha sonora merece destaque, sendo bem diversificada e misturando rock com música judaica. A trilha "Somebody to Love", dos Jeferson Airplanes, é repetida em diversos momentos do filme e seu refrão reflete a temática do filme: "quando a verdade se revela mentira, toda alegria interior se vai".

É uma comédia séria demais, que mistura ao drama exagerado interessantes cenas de humor negro. Um filme pouco comercial e voltado aos cinéfilos amantes do “cinema autoral” e experimental. Se você gosta do tradicional cinema americano, fique bem longe deste filme.

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