quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Invictus, EUA, 2009, 134 minutos


Roteiro:Anthony Peckham, baseado na obra de John Carlin
Direção: Clint Eastwood
Atores: Morgan Freeman,Matt Damon, Tony Kgoroge,Patrick Mofokeng, Matt Stern

No começo de seu mandato, Nelson Mandela tinha que resolver inúmeros problemas e uma África do Sul, ainda racista e economicamente dividida. Com o aproximar da Copa do Mundo de Rúgbi, Mandela vê a possibilidade de unir a população através do esporte...

Clint Eastwood, dirige a adaptação do livro “Conquistando o Inimigo”, escrito pelo jornalista inglês John Carlin. Cujo titulo vem do poema inglês “Invictos”, que apesar de perfeito para o filme resulta em um fato histórico inverídico, já que o texto entregue por Mandela ao captão foi o discurso “ The Man in the Arena",escrito por Theodore Roosevelt em 1910. O restante do filme segue fielmente a história.

Mandela é um homem inteligentíssimo e percebeu a necessidade da “doutrina do perdão” para o futuro da África do Sul,apesar de tudo que sofreu em seus 27 anos de prisão. Sabia que seu governo vivia inúmeros problemas e que precisaria de toda a ajuda possível e era elite branca dona dos meios de produção e portanto vital para o desenvolvimento do país.

Na busca por um país realmente multirracial, Mandela vê no esporte um fator motivador e que historicamente já havia demonstrado a capacidade de diminuir diferenças étnicas e despertar o sentimento de nacionalismo. Expectativa que poderia ser realizada na promoção da copa do mundo de Rugby, que aconteceria em 1995 na África do Sul. Apensar de ser um esporte tipicamente branco , Mandela encabeçada uma campanha para despertar também o interesse entre os negros, cujo resultado é apresentado com detalhes no filme.

O elenco conta com dois ótimos atores Morgan Freeman, vivendo Mandela, em uma belíssima atuação, representando bem a imagem e trejeitos do líder sul-africano. Imagem que é exagerada, criando um ” homem perfeito”. Imagem mitificada que acaba soando como não natural, mas que sem duvida representa tudo o que ele significou para a história da África do Sul e da humanidade como um todo. Matt Damon, bom como sempre, representando Francois Pienaar, o vibrante capitão dos Springboks.


É um filme edificante, que demonstra as mudanças implantadas por Mandela em uma África do Sul, que ainda conta com inúmeros problemas, mas livre da vergonha humanitária que foi o Apartheid. Não é o melhor filme de Eastwood, nem de Damon, mas merece ser apreciado.



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