domingo, 21 de março de 2010

Ilha do Medo (Shutter Island), 2010, 148 minutos


Direção: Martin Scorsese
Roteiro: Laeta Kalogridis, baseado em livro de Dennis Lehane.
Atores: Leonardo DiCaprio , Mark Ruffalo , Ben Kingsley , Emily Mortimer , Michelle Williams

"1954. Teddy Daniels (Leonardo DiCaprio) investiga o desaparecimento de um paciente no Shutter Island Ashecliffe Hospital, em Boston. No local, ele descobre que os médicos realizam experiências radicais com os pacientes, envolvendo métodos ilegais e anti-éticos. Teddy tenta buscar mais informações, mas enfrenta a resistência dos médicos em lhe fornecer os arquivos que possam permitir que o caso seja aberto. Quando um furacão deixa a ilha sem comunicação, diversos prisioneiros conseguem escapar e tornam a situação ainda mais perigosa."

O roteiro é baseado no livro Paciente 67, de Dennis Lehane segue um estilo hitchcockiano de fornecer pistas e revelar tudo com uma cena no final que serve como chave para entendermos todos os mistérios. Apesar de dar certo, a grande quantidade de informações conflitantes que o filme apresenta acaba levando o expectador a forjar varias teorias parecidas, ou não, com a “surpresa” final (eu tinha umas 4) , que acaba não culminando como um verdadeiro final surpresa, já que é “natural” pensar em alguma parecida com o final.*

Scorsese esbanja conhecimentos cinematográficos ao montar um verdadeiro mosaico de estilos cinematográficos, homenageando os filmes Noir (assim como a trilha sonora), e demais estilos da época. Li que este Mosaico é uma citação ao Gabinete do Dr Caligari o expressionismo alemão . O ótimo elenco ajudam a segurar o suspense do filme, Leonardo DiCaprio em mais uma inspirada atuação que é completada pelos talentosos coadjuvantes.

A parte psiquiátrica o filme é extremamente precisa, foram pesquisados como eram os hospitais psiquiátricos da época, suas drogas e seus efeitos colaterais e de abstinência (a paranóia é um deles). Já a parte histórica na Segunda Guerra peca bastante (mas por ser lembranças acaba justificável) tinha reparado no uniforme que estava errado, assim como os soldados alemães que normalmente fugiam dos campos antes dos aliados chegarem. O erro mais grave ocorre ao citar o campo de concentração “ de “Dachau” e reconstituir no filme o campo de Auschwitz.

Um filme que pode ser visto sem medo, apesar do assustador trailer, que mantém o suspense com belas cena proporcionadas por Scorsese, que peca apenas em deixar o desfecho da história obvio demais.


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