domingo, 11 de julho de 2010

Warrior – Os selvagens da Noite (The Warriors), EUA, 1979, 90 minutos.

Nova York, em um indeterminado futuro. As gangues de delinqüentes juvenis se reúnem numa convenção. O líder do principal grupo prega a união entre eles, pois juntos poderão controlar a cidade - o contingente deles é maior que a força policial. O líder acaba sendo assassinado, com a culpa recaindo sobre um bando da periferia, que nada teve a ver com o atentado. Assim eles se vêem obrigados a atravessar a cidade, enquanto são caçados pelos membros das outras gangues

Direção: Walter Hill
Roteiro:David Shaber e Walter Hill, baseado em livro de Sol Yurick
Elenco: Michael Beck, James Remar, Dorsey Wright, Brian Tyler, David Harris.

The Warriors é um filme que despertou pouca atenção em seu lançamento, se tornando um Cult anos depois. Baseado no livro de 1965 de Sol Yurick's, que utilizava como referência a história grega de Anabasis. O filme apresenta um enfoque diferente do livro. Privilegiando mais a questão da territorialidade em detrimento as questões de críticas sociais (melhor apresentadas no livro). Exceção a cena que os Warriors encontram alguns adeptos da discoteca. Demonstrando as diferenças sociais e de perspectiva existente na época.

Como na história grega , um grupo de guerreiros propositalmente denominados Warriors (Exatamente “guerreiros” em português). São obrigados a atravessar a cidade Nova York, atravessando diversos territórios inimigos para chegarem em Corney Island , seu território (Que como na história grega, também fica no litoral).

O cenário escolhido foge da realidade. Sendo a cidade de A Nova York, em um futuro próximo. Deta,lhe implícito na versão original, e explicito na do diretor. A cidade é apresentada de forma extremamente pessimista e decadente . Resultante de uma visão forjada pelas crises econômicas e políticas norte americana na década de 1970. A Ascensão das gangues, podem ser interpretadas como uma “vitória” do “movimento punk” em evidência entre os jovens da época da produção do filme.

A produção segue o padrão da época, pouco custo e desprovido de grandes estrelas. Certamente seria um, dos muitos, filmes que passaram despercebidos se não fosse a competente direção de Walter Hill. Que transformou um “filme comum” em um Cult.

As cenas de lutas são realistas e bem coreografadas, gerando cenas memoráveis . Assim como as gangues criadas com visuais extremamente exóticos, criadas a partir de seus nomes. A trilha sonora underground de Barry De Vorzon desperta atenção, gravada no mais puro estilo setecentista, misturando funk com sons psicodélicos.

O filme não fez muito sucesso em seu lançamento. Ganhando destaque em suas apresentações em TV e na “geração VHS”. As gerações mais novas entrariam em contato com o filme, com o lançamento da adaptação para videogames, homônima em 2005. A qualidade e o sucesso do jogo. Despertou novamente a curiosidade pelo filme.

A linguagem cinematográfica de época, ritmo e um paradoxal roteiro - Simples na história e complexo na temática - Tendem a restringir o filme ao gosto de um público aprecia cinema “Cult”. Entretanto, as cenas de batalha e influência que gerou aos demais filmes de gangue. – É a principal referência quando se cita filmes de gangues até – podem agradar também ao grande público. No mínimo vale assistir para conhecê-lo e entender melhor porque é cultuado até hoje.

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