terça-feira, 22 de junho de 2010

O Amor pede Passagem (Management) - EUA , 2008 - 94 minutos

Direção: Stephen Belber
Roteiro:
Stephen Belber
Elenco:
Jennifer Aniston, Steve Zahn, Margo Martindale, Fred Ward, James Hiroyuki Liao, Woody Harrelson, Yolanda Suarez

“A vida de Mike é bem pacata, ele mora e trabalha em um hotel de beira de estrada, em uma cidade do interior do Arizona, que pertence aos seus pais. Mas o amor esta prestes a pregar uma peça nesse cara. A executiva Sue Claussen se hospeda no hotel para descansar entre uma viagem e outra de negócios. Mike resolve apostar suas fichas e dar a cara à tapa com uma garrafa de vinho barato nas mãos cortesia da gerência, começa uma viagem entre duas pessoas que buscam algo mais para suas vidas.”

É uma das raras comedia romântica que não segue a receita do gênero. Ousadia que o transformou em um fracasso de bilheteria nos EUA que não aprovou a complexidade típica de filme independente em um gênero que estão acostumados a ver “mais do mesmo”.

Começando com o “mocinho” que é a anti tese do príncipe encantado ou do crápula que se regenera pelo amor. Mike (Steve Zahn) é um esquizóide em baixo grau (vive “fechado” em seu mundo e não aprendeu a se relacionar com os outros).

Trata com maturidade o gênero abordando tema mais sérios em suas personagens como as mudanças que o encontro trazem a Mike, o forçando a sair ”do seu mundo” e se aventurar e aprender a se relacionar com os outros. Fator que gera as melhores e as piores cenas do filme.

Mudanças que alterara também a vida de Sue Claussen (Jennifer Aniston) para sempre. A escolha da atriz para este papel, infelizmente não foi muito feliz : Jennifer, não convence na personagem, não conseguindo transmite sua complexidade interior.

Bom ressaltar que é primeiro filme de Stephen Belber como diretor e que também assina o roteiro ( que deveria ser melhor trabalhado). A inexperiência certamente contribuiu para alguns problemas do filme como alteração de cenas “maduras”, com ótimos e complexos diálogos com cenas simples e relativamente bobas, que parecem estar no filme apenas para tentar agradar o público , deslocadas do contexto.

Apesar dos “altos e baixos”, vale a pena assistir o filme. Seja pela “ousadia” de modificar o sub gênero, quanto a sua complexidade temática e a ótima atuação de Steve Zahn que está perfeito em sua complexa personagem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário